Título: |
Física vegetal dos bosques dos Ilhéus |
|
Ensaio da Física vegetal dos bosques dos Ilhéus |
Autor/Colaborador: |
Marcgraf, Georg, 1610-1644 |
|
Pison, Guillelm, 1611-1678 |
|
Duhamel du Monceau, Henri-Louis, 1700-1782 |
|
Buffon, Georges Louis Leclerc, 1707-1788 |
|
Bonnet, Charles, 1720-1793 |
|
Maupertuis, Pierre Louis Moreau de, 1698-1759 |
Data: |
[entre 1801 e 1803] |
Descrição: |
Pierre Louis Moreau de Maupertuis (1698-1759), filósofo, astrónomo e físico francês. Foi convidado por Federico II a reorganizar e depois presidir a Academia de Berlim. Foi também membro da Academia de Ciências francesa ("élu" en 1743) |
|
Guillelm Pison (1611-1678), médico e naturalista holandês, também conhecido por Willem Pies (e depois Piso), considerado o fundador da Medicina Tropical. Exerceu medicina em Leiden e Amsterdão. Foi médico do conde Mauricio de Nassau que acompanha numa viagem ao Brasil, em 1637. Aí fez numerosos estudos sobre a patologia tropical, que deixou publicados. Destaca-se "De medicina brasiliensi ... " que o célebre geógrafo belga Jean de Laet editou, juntamente com um texto de autoria do naturalista alemão Georg Marggraf, sob o título geral "Historia Naturalis Brasiliae..." (Holanda,1648) |
|
Georg Marcgraf (1610-1644), médico, naturalista e matemático alemão. Em 1637, acompanhou ao Brasil o médico e, também, naturalista Pison, que lhe permitiu escrever um tratado da história natural brasileira, com o título "Historiae rerum naturalium Brasiliae ...", inserido na obra anteriormente descrita. É ainda de sua autoria a obra "Tractatus topographicus et meteorologicus Brasiliae", igualmente publicada pelo geógrafo Jean de Laet, na Holanda em 1668 |
|
Autor e título extraído da dedicatória que antecede o primeiro capítulo, este último também referido no índice de matérias, ms. sem p. de tít. |
|
«Cap. 1.º Dos principios, e partes de que se compoem, qualquer arvore, e q[ual] o tempo do corte» (f. 1); «Cap. 2.º Das arvores de construcção consideradas pelos caracteres botanicos» (f. 45); «Cap. 3.º Sobre a cultura das arvores dos bosques» (f. 143); «Cap. 4.º [Dos meios de conservar a boa qualidade dos paos]» (f. 160); «Cap. 5.º Dos paos empregados no uzo da Marinha Portugueza, para a construcção dos navios, sua fractura, e uzos» (f. 195); «Cap. 6º. Dos preços das madeiras assim de construcção como das que servem para carpintaria e obras de cazas» (f. 220); «Cap. 7.º Sobre a rezistencia dos paós» (f. 234) |
|
Contém índice de matérias (f. [2] v.) |
|
Em 1803 existia já uma primeira versão do texto. Esta encontra-se na Biblioteca da Imprensa Nacional/Casa da Moeda, com o título: «Memória sobre os bosques da Comarca de Ilhéus», sem data expressa. As dedicatórias do capítulo 2.º têm por destinatários algumas personalidades ilustres, entre os quais D. Rodrigo de Sousa Coutinho, e não D. João VI, como na versão final do códice da BNP |
|
Monografia |
|
Parcialmente autógrafo (?), com assinatura do autor no vº da f. [1]. O poema que precede a dedicatória da obra, índice e capítulo 3.º até ao capítulo 6.º, em letra de outra mão |
|
Com pequenas citações em latim no início dos três primeiros capítulos do Livro segundo das "Giórgicas", de Virgílio, que trata da Agricultura |
|
Trata-se de uma obra de Agronomia, Física Natural e Botânica, relacionada com anatomia, características físicas, cultura, corte, propriedades e preços de árvores brasileiras. A obra está organizada em sete capítulos, o segundo dos quais, relativo à descrição botânica das árvores cuja madeira serve para edificações, apresenta uma dedicatória «Ao Príncipe Nosso Senhor» ou «A sua Alteza Real», etc. futuro D. João VI, que antecede a descrição de cada espécie a que se referem os desenhos que se encontram no final da obra (embora logo no início apareça uma oferta da obra assinada pelo autor). Nesta matéria, o autor referencia os naturalistas "Maregravve" e "Pizon ou Pison", referindo-se ao médico alemão Georg Marcgraf e ao médico holandês Guillelm Pison, autores da obra "Historia Naturalis Brasiliae...", publicado na Holanda, em 1648 (existente na BNP), sendo Marcgraf autor daquele que é considerado o primeiro tratado sobre história natural brasileira ("Historiae rerum naturalium Brasiliae". Autores que posteriormente irão ser referidos pelo naturalista e explorador alemão Alexander von Humboldt, na sua grandiosa obra "Voyages aux régions équinoxiales du Nouveau Continent ...." (30 volumes, Paris, 1807-1825). Sobre as outras matérias tratadas o autor faz ainda menção aos cientistas Duhamel, Buffon, Bonnet "Monet", Maupertuis "Malphigio", entre outros |
|
Baltasar da Silva Lisboa (1761-1840), doutor em Direito Civil Canónico pela Universidade de Coimbra, o escritor brasileiro Baltasar da Silva Lisboa, foi entre muitos outros cargos, ouvidor da comarca de Ilhéus (Baía), conservador das matas da região, e sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Participou do processo de incremento agrícola do Brasil, especialmente no que se refere à "industria" florestal |
|
Henri-Louis Duhamel du Monceau (1707-1788), político, agrónomo e cientista francês. Entre outros cargos, foi intendente do Jardim das Plantas (1739), Membro da Sociedade de Agricultura de Paris (1761) e da Academia das Ciências francesas (1728), que dirigiu em 1743. Deixou uma vasta e importante obra nestas áreas, que se encontra publicada |
|
Georges Louis Leclerc Buffon (1700-1782), naturalista, matemático e escritor francês. As suas teorias influenciaram duas gerações de naturalistas, entre os quais se contam Jean-Baptiste de Lamarck e Charles Darwin |
|
Charles Bonnet (1720-1793), filósofo e naturalista suiço. |
Assuntos: |
História natural
|
|
Botânica
|
Tipo: |
material textual, manuscrito |
|
Manuscrito] |
Idioma: |
Português |
|
Latim |