CARTA dos oficias da Câmara da Paraíba, à rainha [D. Maria I], sobre a necessidade de se tirar residência do provedor e oficiais da Fazenda Real pelas falsidades e abusos que praticam, entre outros, o provedor José Gonçalves de Medeiros, o escrivão Bento Bandeira de Melo, e seu irmão Antonio Borges da Fonseca, apesar da cobrança de dívidas à mesma Fazenda, feita pelo ouvidor geral, havendo apenas dinheiro para pagamento a três companhias da folha militar; propondo a extinção ou acumulação em outros oficiais dos ofícios da Provedoria da Fazenda Real, da Alfândega, e do pagamento das tropas, na Paraíba e outras comarcas de Pernambuco, passando o expediente da Provedoria definitivamente para a Junta da Fazenda Real do Recife, e o restante para os ouvidores ou juízes das terras evitando-se o continuado conflito de jurisdições e regalias nesta capitania e em Natal, no Rio Grande do Norte.