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Poema épico escrito por Basílio da Gama no ano de 1769, em cinco cantos, versos brancos, estrofação livre, linguagem direta e sem artifícios, ainda em conformidade com a poética do Arcadismo. Narra, de forma romanceada, a luta de portugueses e espanhóis contra os jesuítas e os índios nos Sete Povos das Missões, para executar as cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756, pelo qual os Sete Povos passariam a Portugal em troca da Colônia de Sacramento. É considerado um marco na literatura brasileira representando uma quebra com o modelo clássico do poema épico camoniano e exibindo os primeiros traços de abrasileiramento da literatura nacional. Segundo Blake, Basílio da Gama nutria a convicção de que "os missionarios tentavam consolidar seu poder no novo mundo e estabelecer uma theocracia independente, impondo aos indios seu jugo despotico." Em repúdio, dezessete anos depois, os jesuítas publicaram a obra Resposta apologetica ao poema intitulado o Uraguay, composto por José Basilio da Gama, etc. Lugano, 1786. |